25 agosto, 2012

Resenha: "O Misterioso Caso de Styles" - Agatha Christie

 Primeiramente peço desculpas pela demora em publicar esta resenha. Minha semana foi meio tumultuada, o que atrasou a leitura desse livro. O que lhe digo como prévia é que, agora eu entendo de onde surgiu toda a fama de Agatha Christie, e como ela foi impulsionada a tornar-se A Rainha do Crime. Desde seu primeiro livro ela mostrou-se do jeito que, os que assim como eu julgam-na ter sido: um verdadeiro gênio. 

Título: O Misterioso Caso de Styles
Autora: Agatha Christie
Páginas: 199
Editora: Abril Cultural
Ano: 1920
ISBN: 8501155489
Categoria: Ficção Inglesa / Ficção policial e de mistério
Classificação: *****

Sinopse: Em Styles Court, uma antiga mansão inglesa, a senhora da casa é misteriosamente assassinada por envenenamento. Quase todos os habitantes da mansão tinham meios e motivos para cometer o crime. Contudo, o principal suspeito é o segundo marido da vítima, muitos anos mais moço que ela e discretamente hostilizado pelos outros membros da família. É então que surge Hercule Poirot, o excêntrico detetive belga que, com grande astúcia e inteligência, consegue deslindar o mistério e levar ao castigo quem realmente cometeu o assassinato.

Sobre a autora: Agatha Christie nasceu Agatha Mary Clarissa Miller, em Torquay, condado de Devon, Inglaterra. O pai, americano de Nova York, morreu quando Agatha era criança e ela foi educada pela mãe, mulher culta e inteligente. Adolescente, foi a Paris, onde cursou uma "escola para moças" - e essa foi toda sua educação formal. Pelos vinte anos de idade já podia contar meia dúzia de trabalhos curtos publicados em revistas. Em 1914, pouco antes da Primeira Guerra Mundial, casou com o coronel Archibald Christie, cujo sobrenome adotaria para toda a vida. Durante a guerra, Agatha alistou-se como voluntária na Cruz Vermelha, foi nesse período que escreveu seu primeiro livro, O Misterioso Caso de Styles (The Mysterious Affair at Styles),  publicado pela primeira vez em 1920. Com esse romance iniciaram-se duas longas e vitoriosas carreiras: a da romancista Agatha Christie e a do excêntrico detetive belga Hercule Poirot. Além dele, Agatha criou também Jane Marple, solteirona vivaz e inteligente que sempre chega ao criminoso antes da polícia. No teatro, o maior sucesso da escritora inglesa foi A Ratoeira (The Mousetrap, 1952), que ficou em cartaz durante mais de vinte anos seguidos no mesmo teatro. No campo da novela romântica, Agatha Christie fez muitas incursões, sob o anódino pseudônimo de Mary Westmacott. Gastando grande parte de seu tempo em viagens, foi, contudo, na Inglaterra natal que encontrou a morte, no dia 12 de janeiro de 1976, pouco depois da publicação de Cai o Pano (Courtain, 1975), narrando a última e surpreendente aventura de Poirot, de novo em Styles.

Resenha

 Desde sempre ouço falar da genialidade de Agatha Christie, mas apenas há cerca de quatro ou cinco meses que conheci seu trabalho através de um de seus maiores sucesso "Assassinato no Expresso Oriente", livro que, depois de mais cinco lidos da mesma autora, continua sendo meu preferido. O terceiro que li foi "Cai o Pano", o último caso de Poirot, mas eu queria saber como foi o início, e fiquei muito empolgada ao saber que este se chamava "O Misterioso Caso de Styles". 
 Logicamente eu já tinha algumas curiosidades alimentadas, pois "Cai o Pano" se passa na mesma mansão de Styles, transformada em uma espécie de pensão, donde Poirot e Arthur Hastings se encontram novamente, depois de muitos anos, e estão envoltos de vários mistérios. Sendo que, os dois livros são narrados em primeira pessoa pelo próprio Hastings, tendo um diferencial aos demais casos que li, que estão em terceira pessoa. Mas, essa resenha não é sobre "Cai o Pano". Então, prossigamos!
 Depois de se ferir na guerra, Hastings, com um mês de licença pela frente, encontra seu antigo amigo John Clavendish, que o convida a passar esse tempo na Mansão de Styles, a fim de relembrarem os velhos tempos. Dentre os moradores da casa estão, John e sua esposa Mary, seu irmão Lawrence, sua madrasta - mãe de criação - Emily, o segundo marido dela, Alfred, a jardineira - não tenho certeza, não fica muito claro seu trabalho por lá - e amiga da família, Evie, e mais alguns empregados. Deve estar se perguntando o porquê de eu falar sobre tantos personagens, mas, se nunca leu algum caso de Agatha Christie saiba que cada personagem possui um papel FUNDAMENTAL para toda a trama. 
 Os dois irmãos John e Lawrence, com dificuldades financeiras, estão vivendo sob auxílio da madrasta, que os criou desde pequenos. Esta, por sua vez, ficou com toda a herança do Sr. Carvendish quando este veio a falecer e por anos permaneceu viúva. Então surge a figura que atormenta a vida dos irmãos, Alfred Inglethorp, um sujeito, devo dizer, SUPER esquisito rsrs. Todos desconfiavam dele, afinal, era uns vinte anos mais novo que sua esposa, a antes Sra. Clavendish. 
 Depois de discussões estranhas e um dia de pura tensão no ar, na madrugada a campainha do quarto da Sra. Inglethorp acorda a todos, que a encontram agonizando na cama e logo em seguida morre. E assim começa todo o mistério...
 A causa da morte? Envenenamento por estricnina! O suspeito? Todos queriam a fortuna da velha! O investigador? O detetive belga Hercule Poirot! 
 Curiosamente Poirot encontrava-se na cidade e Hastings pediu sua ajuda imediatamente. E então várias pistas são descobertas e várias lacunas abertas. Determinado em encontrar o assassino da Sra. Inglethorp - que, aliás, ajudara os belgas outrora e tinha a profunda devoção do investigador por isso - ele não deixará nada passar e será por vezes considerado como louco por seu próprio amigo. 
 Esse caso foi simplesmente SENSACIONAL! Não que me surpreendesse, eu SABIA que seria surpreendida, como sempre acontece quando leio romances de Agatha Christie. Se você acha que tem certeza de que o assassino é uma pessoa aguarde mais um capítulo ou mais uma página talvez, pois você vai mudar de ideia, isso eu garanto! No final vi que a cada momento pensei que o assassino era um e assim todos os moradores da mansão se tornaram suspeitos em algum momento. 
 É impressionante os efeitos que essas estórias causam em nós, e o que  disse recentemente uma colega minha que apresentei o primeiro livro que leu da Agatha Christie expressa exatamente isso. Redigindo mais ou menos o que ela falou digo a vocês relacionando o mesmo assunto à "O Misterioso Caso de Styles"...

 Se você começar a ler, não conseguirá parar mais. Abandonar a leitura é impossível! E se, por algum motivo tiver de deixá-la, no momento de sua morte, anos depois de tê-lo feito, pensará que morreu sem descobrir quem era o verdadeiro assassino.

Pode parecer um exagerado, mas NÃO É! rsrs. De fato é esse o sentimento que se tem ao ler os romances policiais de Christie! Simplesmente porque, mesmo que se quisesse descobrir o assassino, a cada momento surgem novas pistas que mudam TUDO, e sua opinião, evidentemente, muda junto! Você se sente às vezes num beco sem saída, sem saber o que pensar, sem saber quem foi o maldito que cometeu aquele crime, então você tem a necessidade de ir até o fim, e quer fazê-lo o mais rápido possível... Portanto, digo-lhe, se quer fortes emoções e mistérios que parecem indecifráveis, leia "O Misterioso Caso de Styles". Vá até o fim e surpreenda-se a cada página, até toda a verdade ser revelada na última.

Trechos

 Entramos aos tropeções, Lawrence ainda segurando a vela. A Sra. Inglethorp jazia na cama, agitando-se em convulsões violentas, numa das quais deveria virado o tampo da mesa, ao seu lado. Entretanto, no momento em que entramos, os seus membros afrouxaram-se, e ela caiu sobre os travesseiros." Página 33
 -Porque, se o Sr. Inglethorp soubesse que sua esposa ia ser envenenada a noite passada, certamente arranjaria um motivo para ficar longe de casa. Sua desculpa, obviamente, foi pura invencionice. Isso nos deixa duas possibilidades: ou ele sabia o que ia acontecer ou tinha uma razão própria para estar ausente." Página 82
 As palavras de Poirot produziram-me um choque desagradável. [...] Contudo, eu tinha grande respeito pela sagacidade de Poirot - exceto nas ocasiões em que ele se mantinha como "um tolo cabeçudo", conforme eu dizia a mim mesmo." Página 108

Bom, essa foi minha resenha!
Todos os livros de Agatha Christie são pequenos assim mesmo,
cerca de  200 páginas, mas não poderia ser mais, 
senão era para enlouquecer qualquer um!
Espero que tenha gostado, e, embora a capa dessa edição não ser muito chamativa,
leia o livro! E mais todos os outros possíveis, 
pois tramas mirabolantes da autora não faltam!
Um abração e
até mais!
:)




Gostou? Então compartilhe! 

6 comentários:

  1. Nunca li nenhum livro da Agatha, mas conheço a sua fama de ter escrito bons livros. Confesso que não é a minha praia, mas pela resenha dever ser uma historia bem interessante. Parabens pela resenha.

    ResponderExcluir
  2. Gih estou fechando uma promoção... ta afim de participar?? manda email pra mim guilhermehck@hotmail.com

    beijos

    ResponderExcluir
  3. Oi, Gih
    Confesso que não tenho taanto interesse assim nos livros da Agatha Christie. Não sou muito fã do gênero policial, então... Mas mesmo assim, tenho muita curiosidade em ler algum para ver se mudo minha opinião! Todo mundo só elogia :) Acho que a sua resenha me deixou um pouco mais "mente aberta" hahaha.
    Beijinhos, Larissa
    Another Words
    http://anothersimplewords.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Ai que bom Larissa! Esse é o primeiro livro dela, mas te recomendo começar por Assassinato no Expresso Oriente, que gostei bem mais! :)
      Um grande abraço...

      Excluir
  4. Ela é muito boa mesmo e pelo que vi já te conquistou, mas também você já leu os grandes sucessos dela. Este eu li este ano e também gostei muito como sempre.
    Bjs, ROse.

    ResponderExcluir